O
oitavo álbum de estúdio da cantora barbadense Rihanna, intitulado ANTI, saído na presente semana,
a 28 de janeiro, marca o regresso da cantora após uma ausência de mais de três
anos sem lançamento de disco. O álbum tem sido alvo de várias e diferentes
críticas dado a sua índole bastante diferente da que a cantora nos habituara
até então. Composto por 16 faixas, ANTI mostra-se bastante independente e
versátil no estilo musical que contempla. Apenas com a participação da cantora
SZA e o rapper Drake, Rihanna leva este disco até ao final com uma onda própria
no qual, em diversas faixas põe à prova a sua voz como nunca antes tinha feito,
saindo-se muito bem e levando os ouvintes para um outro patamar que até então
nos deixava pelo Electro-Pop e R&B.
Classificação: 4/5
Começando
pela primeira faixa, Consideration,
com a participação da cantora americana SZA, Rihanna traz um ritmo que desde
logo nos previne para uma mudança e tomada de controlo neste novo trabalho, Consideration é a chave de abertura indicada para
este oitavo álbum de estúdio.
James
Joint, uma espécie de interlude, surge como um
"poema" em que a cantora abre as alas para a entrada daquele que
poderá muito bem vir a ser um single de ANTI, Kiss It Better.
Kiss
It Better tem
tudo o que os seus fãs poderiam esperar e tudo o que é necessário para
convencer novos ouvintes. Uma faixa cuidada, no que se refere à sua letra,
intenção e ritmo R&B puro que tão bem a cantora sabe defender. Kiss It
Better é uma das faixas preferidas deste álbum pelo público em geral segundo um
questionário lançado pela Billboard.
A
quarta faixa é Work, com a
participação do rapper Drake e é oficialmente o primeiro single desta nova fase
da cantora, single esse que já apresenta resultados bastante promissores nos
primeiros dias de lançamento, posicionando-se em lugares confortáveis nas
tabelas internacionais. É possivelmente a faixa mais previsível dado o
historial de hits da cantora, ainda assim, a vibe caribenha proporciona uma nova lufada
de ar fresco. Como já é hábito, as colaborações entre Rihanna e Drake sempre
são do agrado dos fãs e do público em geral, e desta vez não é exceção, ambos
combinam muito bem nesta faixa e já existe videoclip prestes a ser lançado para
promover de uma forma justa este single que vai, de certa forma, promover
também o lançamento de ANTI.
Classificação: 4/5
Desperado...
Muda completamente tudo o que até então tinha sido apresentado. A cantora
aposta no seu sotaque caribenho como já havia feito em Man Down e No
Love Allowed em faixas de
álbuns anteriores. A verdade é que toda a melodia que Rihanna consegue
transportar com a sua forma sui
generis, torna este canção um marco importante na lista de canções novas
presentes em ANTI.
Classificação: 4/5
Mas
se Desperado era diferente, Woo marca toda a originalidade neste álbum
de Rihanna. Sons desconcertantes, suspeitos numa batida entorpecida, traz a
cantora para uma declaração contemporânea das relações amorosas que facilmente
faz o ouvinte se deixar rendido, ficando com «send for me» do refrão a vaguear na cabeça.
Segue-se Needed Me, possivelmente a
faixa R&B mais pura do álbum com créditos de Dj Mustard.
Yeah,
I Said It, outra que marca o regresso da
cantora às origens R&B pela qual tem sido conhecida e elogiada.
Classificação: 3/5
Same
Ol' Mistakes, o único cover presente no
álbum, original da banda Tame Impala. Apreciadores do trabalho desta banda
australiana no geral demonstram o seu agrado pelo trabalho realizado pela super star barbadense. Ainda assim, fugindo muito
ao seu género, a sonoridade da música é tão leve e pouco interessante, sendo
uma faixa pouco relevante no total das 16.
Finalmente,
chega Never Ending,
mostrado de forma clara a voz da cantora (algo que na faixa anterior parece ter
ficado para segundo plano), deixando os ouvintes rendidos à suavidade com que
Rihanna leva esta canção a bom porto.
O
ponto mais forte do álbum e talvez de toda a carreira da cantora chega com Love On The Brain. A sua melhor
performance vocal de todos os tempos está nesta faixa. A intensidade, contenção
e harmonias perfeitas, são os pontos fortes desta canção na voz de Rihanna.
Desde o começo ao fim, vemos Rihanna como nunca, segura de tudo o que pode
fazer com a sua voz e mostrando que é capaz de conduzir uma power-ballad sem qualquer problema. Love On The Brain será possivelmente, outra faixa que
poderá ser single de ANTI.
Higher,
outra faixa que surge quase como um poema curto em que Rihanna traz à tona a
sua linguagem e timbre característico, que faz a sua personalidade artística
prevalecer. É uma faixa impressionante no modo em que ela está construída e na
qual não esperávamos ver Rihanna a “colar” a sua voz num instrumental desse
género.
A
última balada e talvez a mais sincera é Close
To You. Com muita contenção vocal e clareza nas palavras, Rihanna traz uma
faixa que poderia muito bem ser banda sonora de um clássico romântico. Esta
será decerto mais uma para juntar às baladas que a cantora tem vindo a lançar
em todos os seus álbuns.
Goodnight
Gotham é
um outro interlude que já faz parte das faixas bónus
deste ANTI. Uma faixa com um instrumental forte
mas que pouco tem para se dizer.
Pose,
a penúltima faixa de ANTI,
chega um pouco irreverente e sugestiva. Com um instrumental agressivo, traz a
Rihanna de Bitch Better Have
My Money de volta, é uma boa faixa, no entanto não é uma faixa que impressione.
Por
fim, Sex With Me é a última faixa de ANTI, diria que, um tiro
certeiro para fechar o álbum. Termina assim com um R&B bem ao jeito de Rihanna,
com toda a sua entoação, assunto e impertinência no que declara.
Classificação do álbum: 83/100
No
geral, estamos presentes um álbum completamente diferente a nível de sonoridade
e talvez seja esse o ponto mais forte de ANTI.
O
álbum encontra-se à venda nas diversas plataformas digitais e sairá em suporte
físico a dia 5 de fevereiro de 2016.