13/06/2016

ORLANDO

Estaremos nós a entrar na maior crise de valores de sempre?
Já é diário assistirmos a mortes, atentados, acidentes que, constantemente põem em causa a vida e a dignidade humana. Certo é que as Grandes Guerras vitimizaram muitas pessoas, muitas delas inocentes, muitas delas! 
Mas, a que ponto estamos nós a chegar, sociedade desenvolvida?!
O ódio propaga-se, a uma velocidade talvez maior do que qualquer doença contagiosa; a falta de civismo, compaixão e respeito são as palavras de ordem da sociedade atual. Valores? Mas quais? Estarão incutidos em nós, valores de um cidadão justo? Que valores iremos nós incutir aos nossos filhos, às futuras gerações? 
Nada mais importa, a não ser a (má) vontade de cada um. 
Chegámos a um ponto em que terminar com a vida de um outro ser humano (teremos nós noção do que isso significa?) é uma atitude banal. Esquecemos porém que estamos, nós humanidade, a acabar com a razão de viver de uma mãe, de um pai, de uma família! 

Para onde caminhamos nós? Não há respostas, hoje apenas ouvimos os tiros e explosões... E algumas orações sinceras por todas as vítimas que têm sido levadas por esta epidemia de ódio. 


29/04/2016

Drake - Too Good feat. Rihanna

«Too Good» é oficialmente a nova parceria entre Drake e Rihanna, lançada na madrugada de 29 de abril. Contida no novo álbum do rapper (Views), Too Good é uma faixa diferente de What's My Name, Take Care ou mesmo Work. Uma batida sensual mas pouco agressiva, talvez seja o ponto forte deste feat. A química entre os dois intérpretes é inegável, algo que joga sempre a favor e que oferece à faixa mais uma história que lida com emoções controversas num relacionamento. De falta de conteúdo os críticos não se podem queixar: desde a vibe, aos vocais e à letra da canção. Estamos perante uma ótima combinação, ainda que não seja a melhor parceria do duo, mas que ainda assim, traz um novo ar ao trabalho de Drake com Rihanna. 
Too Good poderá facilmente ascender a single do novo álbum do rapper, embora ainda não haja qualquer confirmação oficial.  O certo é que a parada internacional de singles vai andar muito agitada nas próximas semanas, quer para Drake com o novo álbum, como para Rihanna que está a promover os seus novos singles do ANTI (Kiss It Better e Needed Me) e também porque Calvin Harris lançou oficialmente o seu single com a cantora de Barbados, This Is What You Came For, no mesmo dia.

Classificação da faixa: 4/5


Capa do novo álbum de Drake - "Views".

31/01/2016

ANTI

O oitavo álbum de estúdio da cantora barbadense Rihanna, intitulado ANTI, saído na presente semana, a 28 de janeiro, marca o regresso da cantora após uma ausência de mais de três anos sem lançamento de disco. O álbum tem sido alvo de várias e diferentes críticas dado a sua índole bastante diferente da que a cantora nos habituara até então. Composto por 16 faixas, ANTI mostra-se bastante independente e versátil no estilo musical que contempla. Apenas com a participação da cantora SZA e o rapper Drake, Rihanna leva este disco até ao final com uma onda própria no qual, em diversas faixas põe à prova a sua voz como nunca antes tinha feito, saindo-se muito bem e levando os ouvintes para um outro patamar que até então nos deixava pelo Electro-Pop e R&B. 




ANTI trata-se de um álbum mais intimista e não vem com os sigles lançados nos últimos tempos: FiveFourSeconds, American Oxygen ou Bitch Better Have My Money.



Classificação: 4/5

Começando pela primeira faixa, Consideration, com a participação da cantora americana SZA, Rihanna traz um ritmo que desde logo nos previne para uma mudança e tomada de controlo neste novo trabalho, Consideration é a chave de abertura indicada para este oitavo álbum de estúdio.



Classificação: 4/5

James Joint, uma espécie de interlude, surge como um "poema" em que a cantora abre as alas para a entrada daquele que poderá muito bem vir a ser um single de ANTI, Kiss It Better.



Classificação: 4/5

Kiss It Better tem tudo o que os seus fãs poderiam esperar e tudo o que é necessário para convencer novos ouvintes. Uma faixa cuidada, no que se refere à sua letra, intenção e ritmo R&B puro que tão bem a cantora sabe defender. Kiss It Better é uma das faixas preferidas deste álbum pelo público em geral segundo um questionário lançado pela Billboard.




Classificação: 5/5

A quarta faixa é Work, com a participação do rapper Drake e é oficialmente o primeiro single desta nova fase da cantora, single esse que já apresenta resultados bastante promissores nos primeiros dias de lançamento, posicionando-se em lugares confortáveis nas tabelas internacionais. É possivelmente a faixa mais previsível dado o historial de hits da cantora, ainda assim, a vibe caribenha proporciona uma nova lufada de ar fresco. Como já é hábito, as colaborações entre Rihanna e Drake sempre são do agrado dos fãs e do público em geral, e desta vez não é exceção, ambos combinam muito bem nesta faixa e já existe videoclip prestes a ser lançado para promover de uma forma justa este single que vai, de certa forma, promover também o lançamento de ANTI.




Classificação: 4/5

Desperado... Muda completamente tudo o que até então tinha sido apresentado. A cantora aposta no seu sotaque caribenho como já havia feito em Man Down e No Love Allowed em faixas de álbuns anteriores. A verdade é que toda a melodia que Rihanna consegue transportar com a sua forma sui generis, torna este canção um marco importante na lista de canções novas presentes em ANTI.





Classificação: 4/5

Mas se Desperado era diferente, Woo marca toda a originalidade neste álbum de Rihanna. Sons desconcertantes, suspeitos numa batida entorpecida, traz a cantora para uma declaração contemporânea das relações amorosas que facilmente faz o ouvinte se deixar rendido, ficando com «send for me» do refrão a vaguear na cabeça.




Classificação: 4/5

Segue-se Needed Me, possivelmente a faixa R&B mais pura do álbum com créditos de Dj Mustard.



Classificação: 4/5

Yeah, I Said It, outra que marca o regresso da cantora às origens R&B pela qual tem sido conhecida e elogiada.




Classificação: 3/5

Same Ol' Mistakes, o único cover presente no álbum, original da banda Tame Impala. Apreciadores do trabalho desta banda australiana no geral demonstram o seu agrado pelo trabalho realizado pela super star barbadense. Ainda assim, fugindo muito ao seu género, a sonoridade da música é tão leve e pouco interessante, sendo uma faixa pouco relevante no total das 16.




Classificação: 4/5

Finalmente, chega Never Ending, mostrado de forma clara a voz da cantora (algo que na faixa anterior parece ter ficado para segundo plano), deixando os ouvintes rendidos à suavidade com que Rihanna leva esta canção a bom porto.


Classificação: 5/5

O ponto mais forte do álbum e talvez de toda a carreira da cantora chega com Love On The Brain. A sua melhor performance vocal de todos os tempos está nesta faixa. A intensidade, contenção e harmonias perfeitas, são os pontos fortes desta canção na voz de Rihanna. Desde o começo ao fim, vemos Rihanna como nunca, segura de tudo o que pode fazer com a sua voz e mostrando que é capaz de conduzir uma power-ballad sem qualquer problema. Love On The Brain será possivelmente, outra faixa que poderá ser single de ANTI.




Classificação: 5/5

Higher, outra faixa que surge quase como um poema curto em que Rihanna traz à tona a sua linguagem e timbre característico, que faz a sua personalidade artística prevalecer. É uma faixa impressionante no modo em que ela está construída e na qual não esperávamos ver Rihanna a “colar” a sua voz num instrumental desse género.



Classificação: 5/5

A última balada e talvez a mais sincera é Close To You. Com muita contenção vocal e clareza nas palavras, Rihanna traz uma faixa que poderia muito bem ser banda sonora de um clássico romântico. Esta será decerto mais uma para juntar às baladas que a cantora tem vindo a lançar em todos os seus álbuns.




Classificação: 3/5

Goodnight Gotham é um outro interlude que já faz parte das faixas bónus deste ANTI. Uma faixa com um instrumental forte mas que pouco tem para se dizer.



Classificação: 4/5

Pose, a penúltima faixa de ANTI, chega um pouco irreverente e sugestiva. Com um instrumental agressivo, traz a Rihanna de Bitch Better Have My Money de volta, é uma boa faixa, no entanto não é uma faixa que impressione.



Classificação: 4/5

Por fim, Sex With Me é a última faixa de ANTI, diria que, um tiro certeiro para fechar o álbum. Termina assim com um R&B bem ao jeito de Rihanna, com toda a sua entoação, assunto e impertinência no que declara.


Classificação do álbum: 83/100


No geral, estamos presentes um álbum completamente diferente a nível de sonoridade e talvez seja esse o ponto mais forte de ANTI.
O álbum encontra-se à venda nas diversas plataformas digitais e sairá em suporte físico a dia 5 de fevereiro de 2016.